A Prefeitura de Manaus realizou um sarau literomusical com palestra para marcar os 56 anos da Biblioteca Pública Municipal João Bosco Pantoja Evangelista, nesta sexta-feira, 6/1. Coordenada pela Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult) e o Conselho Municipal de Cultura (Concultura), a ação comemorativa teve a participação de estudantes, escritores e leitores.
A palestra com o tema “A Biblioteca como espaço da palavra e da memória”, foi proferida pelo presidente do Concultura, Tenório Telles. Ele destacou a longa jornada da comunicação humana até chegar no ápice da sofisticação que é a palavra e o livro.
“Aqui é um espaço muito especial dedicado à formação das gerações que comandam e comandarão nossa sociedade. Um lugar de memória e conhecimento que cada vez mais precisa ser valorizado e cultuado por todos nós”, disse Telles.
O diretor de Cultura da Manauscult, Jonathas Ribeiro, abriu oficialmente o evento comemorativo do aniversário de criação (2/1/1967) da biblioteca João Bosco Pantoja Evangelista, ressaltando a importância do equipamento cultural para a cidade e falou das melhorias que o espaço já está recebendo na gestão do prefeito David Almeida.
“Desde a reabertura de fato desta grande biblioteca, que esta gestão tem se esforçado em oferecer à população muito mais que uma biblioteca, e sim, um centro cultural com espaços para as artes”, ele revelou, ainda, que em breve serão levados pontos de leitura para todas as zonas da cidade.
O presidente do Clube Literário do Amazonas (Clam), escritor Álvaro Smont, ressalta que a biblioteca pública tem a missão de transmitir a memória, o conhecimento entre gerações, além de ser um ícone para o município de Manaus.
“O acervo é especial com títulos regionais, e com grande acervo bem diversificado, com muitos autores regionais. Com certeza a maioria deles está aqui, como Elson Farias, Astrid Cabral, Leyla Leong, e muitos outros”.
Espaço resgatado
Depois de mais de dez anos fechada, a biblioteca pública municipal João Bosco Pantoja Evangelista foi entregue à população, em 15 de julho de 2021, pela Prefeitura de Manaus, via Concultura, com seu acervo de mais de 32 mil livros e com grandes autores da literatura regional, além de contar com mostra de quadros de pintores amazonenses como Moacir Andrade, Jair Jacqmont, Monik Ventilari e Ericky Nakanume, tornando-se o novo centro cultural da capital.
Quanto ao acervo de pinturas, a diretora da biblioteca, Silene Lima, explica que são oriundas do Museu de Manaus e do Acervo de Arte Municipal. São seis telas colocadas estrategicamente nos espaços de maior circulação de pessoas, como na escada principal que possui uma grande tela com paisagem amazônica, de Moacir Andrade.
A diretora lembra que os espaços especiais da biblioteca podem servir para exposições de artes, a exemplo do hall, varanda superior e outra sala ampla, desde que sejam solicitados com antecedência e justificada relevância cultural.