A expansão do número de Unidades Básicas de Saúde Fluviais (UBSF), que atendem comunidades ribeirinhas da capital amazonense, foi tema de uma reunião em Brasília (DF), com gestores da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), que representaram a Prefeitura de Manaus, na sede da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps), na última quarta-feira (10/5).
A secretária da Semsa, Shádia Fraxe, pontuou a necessidade de revisão da portaria que garante o funcionamento do modelo em Manaus, essencial para a expansão e eficácia das ações de saúde no município.
A rede municipal de saúde conta hoje com duas UBSF: A Doutor Ney Lacerda e a Doutor Antônio Levino. As embarcações integram a estrutura de assistência do Distrito Rural da Semsa e realizam o atendimento das 60 comunidades ribeirinhas, distribuídas ao longo de 150 quilômetros do rio Negro e em outros 170 quilômetros do rio Amazonas, dentro dos limites da capital.
As UBSF oferecem estrutura similar a uma unidade terrestre de pequeno porte, oferecendo atendimento médico e odontológico, exames laboratoriais, medicamentos, vacinas e acompanhamento de rotina para crianças, adultos e idosos que residem nestas regiões.
Em 2022, 24,8 mil pessoas tiveram acesso aos serviços de saúde itinerante. “Mesmo com todas as dificuldades logísticas de nossa região, estamos garantindo atenção às comunidades ribeirinhas, acesso à saúde. As UBSs fluviais oferecem uma excelente carteira de serviços, com as vacinas do calendário nacional, farmácia ampliada, entre outros serviços essenciais às famílias, que não precisam se deslocar para Manaus. A saúde vai até elas. E nós queremos ampliar este trabalho”, destacou a secretária.
Vacinação
Ainda em Brasília, Shádia Fraxe e os subsecretários Nagib Salem e Djalma Coelho discutiram com técnicos do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) sobre a necessidade de uma nova campanha de multivacinação em Manaus, com especial atenção para a zona rural. A reunião também contou com a presença de representantes da área de Saúde dos municípios amazonenses Iranduba e Manicoré.
Em outra agenda, no Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde (DAEVS), os gestores de Manaus discutiram sobre a necessidade de financiamento para a realização de novas ações de vigilância em saúde na capital do Amazonas.