O Brasil é um país de contrastes, onde, entre os índices alarmantes de pobreza, violência e desafios educacionais, surgem também exemplos de sucesso e inovação que podem servir de inspiração para o futuro. Em seu artigo “O Brasil que dá certo e pode mais”, o analista Samuel Hanan faz uma análise profunda sobre as grandes conquistas do país, principalmente nos setores do agronegócio, petróleo e mineração, e propõe um caminho para consolidar esse sucesso e expandir o potencial do Brasil no cenário global.
Em 2023, o Brasil se destacou como um dos maiores produtores de alimentos do mundo. O país lidera o mercado global de soja, café, carne de frango e milho, além de ser responsável por 80% da produção mundial de suco de laranja. Esses números não apenas demonstram a força do agronegócio, mas também a importância estratégica do setor para a economia nacional, que, sozinha, gerou quase 30% do PIB brasileiro e quase metade das exportações do país.
Por trás desse êxito está a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que há 50 anos contribui para o desenvolvimento tecnológico da agricultura, aumentando a produtividade e permitindo a expansão das fronteiras agrícolas, como a integração do cerrado na produção nacional. Hanan lembra que o retorno de R$ 34,70 para cada real investido na Embrapa é um reflexo de um modelo bem-sucedido de investimento público em pesquisa e inovação.
No setor energético, o Brasil também se destaca, alcançando a 8ª posição mundial em produção de petróleo, com uma média de 3,4 milhões de barris diários em 2023, e garantindo uma parte significativa da produção global de gás natural. Esses setores, que em conjunto representam de 12% a 14% do PIB nacional, são fundamentais para o equilíbrio das contas externas e o superávit da balança comercial brasileira.
No entanto, como destaca Hanan, o sucesso desses setores não pode ser dado como garantido. O Brasil precisa garantir a sustentabilidade de seus modelos produtivos, como no caso do agronegócio, que está intimamente ligado à preservação da Amazônia. O equilíbrio entre produção e preservação ambiental é uma questão estratégica não apenas para o Brasil, mas para o planeta.
O artigo de Samuel Hanan propõe que o país deve aproveitar as oportunidades e potencialidades de seus setores estratégicos, além de incentivar um ambiente de segurança jurídica para os investidores. O Brasil tem os recursos naturais e a capacidade produtiva para crescer ainda mais, mas para isso é necessário um governo com visão estratégica, que garanta a eficiência e o respeito ao setor privado, com ênfase na redução da corrupção e na criação de um ambiente propício à inovação e ao desenvolvimento.
Ao concluir, Hanan cita a frase de Peter Drucker, “não podemos prever o futuro, mas podemos criá-lo”, para ressaltar que o Brasil tem tudo para trilhar um caminho de prosperidade, mas isso depende da capacidade de unir suas forças produtivas com uma gestão pública eficiente e responsável.
O Brasil tem, sem dúvida, um futuro promissor – um Brasil que dá certo e pode ainda mais.