domingo, junho 1, 2025

Wilson Lima apresenta comitiva que representará o Amazonas em evento que oficializa estado livre da febre aftosa sem vacinação

O governador Wilson Lima reuniu-se, neste sábado (24/05), em Manaus, com pecuaristas e representantes do setor agropecuário para apresentar oficialmente a comitiva que representará o estado na 92ª Sessão Geral da Assembleia Mundial da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA), em Paris, na França, no dia 29 de maio, quando será concedido o selo para o Amazonas como área livre da febre aftosa sem vacinação.

A certificação marca um avanço histórico para o setor produtivo local, permitindo a abertura de novos mercados para a carne bovina e bubalina produzida no estado.

“O que nós estamos recebendo agora na França é algo histórico. Nós conseguimos dar um passo importante, lá atrás, quando 13 municípios do sul do Amazonas ficaram livres de febre aftosa sem vacinação, recentemente conseguimos com que o estado tivesse fora e, agora, recebemos uma certificação internacional. Isso nos dá um carimbo de qualidade, uma chancela, e credencia o nosso pecuarista a estar em qualquer mercado do planeta”, destacou o governador Wilson Lima.

A comitiva amazonense que participará do evento na França contará com os secretários Daniel Borges, da Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror); José Omena, da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf); e Muni Lourenço, da Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas (Faea).

O evento em Manaus, no Parque Multiuso Dr. Eurípedes Ferreira Lins, localizado no km 2 da BR-174, contou com o apoio da Faea e Adaf, além da Superintendência do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no Amazonas, do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam) e da Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS).

Também participaram os deputados estaduais Joana D’arc, Cabo Maciel e Adjuto Afonso e o vereador Aldenor Lima. Além destes, também acompanharam o evento os prefeitos de Apuí, Marcos Macil, e de Boca do Acre, Frank Barros, secretários estaduais e representantes do setor primário.

*Avanços*

Atualmente, 13 municípios do sul e sudoeste do estado são reconhecidos como livres da doença sem vacinação: Apuí, Boca do Acre, Canutama, Humaitá, Lábrea, Manicoré, Novo Aripuanã, Pauini, Guajará, Envira, Eirunepé, Ipixuna, Itamarati e parte de Tapauá. A partir de junho de 2025, todos os municípios do Amazonas estarão no mesmo status livre, internacionalmente.

Com cerca de 2,7 milhões de cabeças de gado e mais de 22 mil pecuaristas ativos, o Amazonas reforça sua posição no cenário nacional e internacional com esse novo status sanitário. O reconhecimento permitirá a exportação de carne para mercados mais exigentes e a redução de custos com o fim da obrigatoriedade da vacinação.

“Isso foi uma grande vitória. Foi um trabalho árduo e que há muito tempo a gente vem tentando conseguir. E graças a Deus, agora, no governo Wilson Lima, a gente conseguiu dar esse grande passo. A gente pode agora estar mandando carne para o resto do mundo todo”, afirmou o pecuarista Luiz Rodrigues, que atua há mais de 15 anos na área.

*Febre Aftosa*

A febre aftosa é uma doença que afeta bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e suínos, e a sua erradicação permite a abertura do livre comércio de animais, produtos e subprodutos, assegurando maior competitividade à agropecuária local.

O reconhecimento internacional como zona livre de febre aftosa sem vacinação é o mais elevado status sanitário que um Estado pode obter quando se trata dessa doença. Além de representar economia para o produtor rural, que deixa de comprar vacina, potencializa o alcance de novos mercados para a carne brasileira, pois alguns países só compram produtos de regiões com esse status.

*Caminho até o reconhecimento*

O resultado é fruto de uma série de ações coordenadas entre o Governo do Estado e instituições parceiras. De 2019 a 2024, foram investidos R$ 5,4 milhões na compra e distribuição de mais de 1,9 milhão de doses de vacina, além do fortalecimento de barreiras sanitárias, campanhas educativas, fiscalização de trânsito animal e apoio técnico aos pecuaristas.

O último foco da doença no Amazonas foi registrado em 2004. Desde então, o estado avançou gradualmente até alcançar a certificação da OMSA como área livre de febre aftosa com vacinação (em 2018) e, agora, sem vacinação.

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