O governador do Amazonas, Wilson Lima, afirmou nesta terça-feira (12/08), em Belém, que a COP30 será uma oportunidade estratégica para que o mundo conheça a realidade da Amazônia sob a perspectiva de quem vive os desafios da região. A declaração foi feita durante a 1ª Reunião Ordinária da Assembleia Geral dos Governadores da Amazônia Legal, encontro que reuniu lideranças estaduais para discutir a atuação conjunta na conferência do clima, que ocorrerá em 2025, também na capital paraense.
“Esse momento é importante para que a gente possa contar a versão do ponto de vista de quem mora na Amazônia, para que o mundo possa entender a realidade que a gente vive, para que o mundo possa entender a nossa agenda ambiental”, afirmou Wilson Lima. Para o governador, a presença na COP não se resume a participar do debate global, mas a apresentar propostas que aliem preservação ambiental e desenvolvimento econômico.
Convocada pelo governador do Pará e presidente do Consórcio Interestadual da Amazônia Legal, Helder Barbalho, a reunião tratou de temas centrais como a estratégia de comunicação internacional, a ratificação das Câmaras Setoriais e o avanço de iniciativas regionais. Segundo Lima, o encontro foi essencial para alinhar os últimos detalhes da participação conjunta dos estados na conferência internacional.
“A Amazônia é uma região muito desafiadora, sobretudo pela questão da logística e pelos desafios próprios da nossa realidade. A Amazônia tem um papel fundamental no enfrentamento das mudanças climáticas. O objetivo da nossa reunião foi fazer os últimos alinhamentos para a participação na COP”, completou o governador.
Wilson Lima também reforçou que, além da atuação internacional, é fundamental manter ações práticas na região, como o combate ao desmatamento, fomento à bioeconomia, regularização fundiária e investimentos em energia limpa.
Além dos governadores do Amazonas e do Pará, participaram do encontro os chefes dos Executivos estaduais do Acre, Gladson Cameli; e do Tocantins, Wanderlei Castro, além de secretários estaduais e autoridades nacionais. A reunião reforçou o compromisso dos nove estados que integram a Amazônia Legal com uma agenda ambiental comum e com o fortalecimento da posição do Brasil nas negociações climáticas globais.
