O governador Wilson Lima apresentou, nesta segunda-feira (18/08), o balanço parcial do programa Opera+ Amazonas, que já ultrapassou a marca de 201,6 mil cirurgias realizadas em 2025, representando 60,8% da meta anual, que é de 331,5 mil procedimentos.
O destaque vai para o mutirão iniciado em junho, que em apenas dois meses já realizou 13,6 mil cirurgias, superando em 14% o volume previsto para o período. O esforço tem como objetivo principal acelerar o acesso à saúde e reduzir filas históricas na rede pública.
Redução expressiva das filas
Com o reforço do Opera+, o estado já registra quedas significativas nas filas de espera, incluindo:
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Cirurgias gerais (hérnia, vesícula): -83%
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Ginecologia: -79%
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Urologia: -78%
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Ortopedia: -57%
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Oftalmologia: -34%
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Dermatologia: -17%
“Estamos fazendo uma virada de chave na saúde pública do Amazonas. É uma mudança de gestão, com mais tecnologia, eficiência e foco em resultado para quem mais precisa”, declarou o governador Wilson Lima, acompanhado da secretária de Saúde, Nayara Maksoud, e autoridades da rede hospitalar.
Investimento e expansão da rede
O mutirão, que prevê 40 mil cirurgias adicionais até dezembro de 2025 (30 mil em Manaus e 10 mil no interior), conta com investimento de R$ 186,6 milhões, sendo R$ 155,5 milhões de recursos estaduais e R$ 31 milhões federais.
Além dos hospitais Adriano Jorge e Delphina Aziz, os procedimentos estão sendo realizados em unidades como a Fundação Alfredo da Matta, Hospital Infantil Dr. Fajardo, ICAM e Maternidade Chapot Prevost.
Somando os dados de 2024 (281.707 cirurgias) com os números parciais de 2025, o estado já contabiliza mais de 483 mil procedimentos realizados em menos de dois anos, consolidando o programa como a maior política pública de enfrentamento às filas de cirurgia já implementada no Amazonas.
Tecnologia e gestão por resultados
Entre os diferenciais do Opera+ estão:
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Abertura de salas cirúrgicas à noite, nos fins de semana e feriados;
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Modelo de credenciamento por produção (pagamento por cirurgia realizada);
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Uso de inteligência artificial via WhatsApp, com o assistente virtual Saúde AM Digital para convocação e agendamento direto com os pacientes.
Após o contato, os usuários passam por uma consulta pré-cirúrgica para avaliação dos exames e confirmação do procedimento, garantindo mais segurança.
Segundo a secretária Nayara Maksoud, a estratégia tem priorizado especialidades de maior demanda, como cirurgias oftalmológicas, ginecológicas, urológicas e gerais.
“A priorização foi feita com base nos dados do complexo regulador e tem sido essencial para atender quem mais precisa. Com a reorganização da rede, ampliamos a capacidade sem precisar criar novas estruturas físicas, otimizando os recursos humanos e tecnológicos já existentes”, destacou.
Histórias que transformam
Entre os pacientes atendidos está o indígena José Joaquim Roque, de 64 anos, da etnia Mura. Ex-motorista de ônibus, ele teve a visão comprometida por catarata e já passou pela cirurgia no olho direito. Nesta semana, fará o procedimento no olho esquerdo.
“Agradeço a Deus e ao governo. Fiz a cirurgia há seis dias e já enxergo muito melhor. Agora vou operar o outro olho e poder voltar à minha rotina”, relatou, emocionado.