Respirar é automático, mas também pode ser um termômetro da saúde. Quando os pulmões estão fragilizados, todo o corpo sente os impactos. No entanto, além da poluição e do cigarro — inimigos já conhecidos —, hábitos cotidianos pouco associados ao risco respiratório também afetam diretamente a qualidade de vida.
“O pulmão é um dos órgãos mais sensíveis do corpo humano e sofre com tudo o que respiramos e com a forma como vivemos”, explica o médico Gilberto Ururahy, diretor-médico da MedRio Check-up e especialista em medicina preventiva. “A poluição, o cigarro, o excesso de peso, as noites mal dormidas e até o estresse estão diretamente ligados ao surgimento de problemas respiratórios e cardiovasculares. Muitas vezes, o sintoma começa pequeno, como uma tosse persistente ou um cansaço ao subir escadas, mas pode ser o início de algo mais sério.”
Entre os principais fatores de risco destacados por Ururahy estão:
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Fumo e poluição: liberam partículas que inflamam as vias aéreas e reduzem a capacidade respiratória.
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Infecções mal tratadas: gripes e bronquites ignoradas podem deixar cicatrizes permanentes nos pulmões.
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Sedentarismo: reduz a capacidade pulmonar e enfraquece a circulação.
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Noites mal dormidas: aumentam o estresse e a produção de cortisol, tornando o organismo mais vulnerável.
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Estresse crônico: altera o padrão da respiração e reduz a oxigenação do corpo.
Segundo o especialista, agir cedo é essencial: “Quanto antes detectamos uma alteração, mais chances temos de tratar e evitar complicações. Mas mais importante ainda é prevenir antes que a doença apareça.”
O Dia Mundial do Pulmão, celebrado em 25 de setembro, reforça a importância de escolhas diárias que protejam a respiração e prolonguem a vida. “Cuidar do pulmão é cuidar da vida. E cada decisão, do que comemos ao ar que respiramos, pode garantir saúde e longevidade”, conclui Ururahy.