A Prefeitura de Manaus conquistou um importante avanço na consolidação do seu Distrito de Inovação com a aprovação de um projeto junto à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). O município receberá mais de R$ 10 milhões para transformar o centro histórico da cidade em um polo estratégico de tecnologia, empreendedorismo e desenvolvimento econômico.
O valor será destinado à criação do Parque Tecnológico da ilha de São Vicente, uma iniciativa idealizada pela Secretaria Municipal do Trabalho, Empreendedorismo e Inovação (Semtepi), em parceria com a Associação Polo Digital de Manaus. O objetivo é atrair startups, empresas e instituições voltadas para os setores de eletroeletrônicos, tecnologia da informação e comunicação (TIC), biotecnologia e ciências da vida.
A estruturação do projeto está dividida em três eixos principais: adaptação do Casarão da Inovação Cassina, revitalização do casarão São Vicente e fortalecimento da governança do parque. Serão mais de 70 posições de coworking e salas empresariais distribuídas entre os dois prédios históricos, integrando espaços modernos à memória arquitetônica da cidade.
No Casarão Cassina, no coração do centro histórico, está prevista a ampliação do espaço multiempresas, com 20 novas posições para startups, além da adaptação de salas para empresas de pequeno porte e a realocação do auditório. O casarão São Vicente, por sua vez, passará por um processo de restauração que respeita sua arquitetura original do século 19, tornando-se um espaço multifuncional voltado para capacitações, eventos e programas de empreendedorismo.
Segundo Alonso Oliveira, secretário da Semtepi, a iniciativa busca mais do que apenas a revitalização urbana. “Nosso objetivo é diversificar a matriz econômica, fortalecendo o setor de eletroeletrônicos da Zona Franca de Manaus e reduzindo sua dependência. Estamos construindo um ecossistema que gera conexões estratégicas entre empresas, startups e centros de pesquisa”, afirmou.
Além das obras físicas, o projeto contempla ações de capacitação da equipe gestora e integração com redes nacionais de inovação. Programas de formação, eventos e parcerias deverão fomentar a cultura empreendedora e apoiar novos negócios na região.
A proposta foi aprovada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), garantindo que as intervenções respeitem o valor histórico dos edifícios enquanto promovem uma nova vocação para o centro de Manaus: um espaço vibrante, tecnológico e sustentável.
O cronograma completo de execução das obras e aplicação dos recursos deve ser divulgado nas próximas semanas. A expectativa é de que a implementação do Parque Tecnológico consolide Manaus como uma referência em inovação na Região Norte e promova o desenvolvimento de uma economia mais moderna e inclusiva.