Na próxima quinta-feira, (18), às 19h, o filme Sete Cores da Amazônia fará a sua pré-estreia no Cine Guarany, na Avenida Sete de Setembro, Centro, apenas para convidados. A película, que tem 1h24m de duração, é fruto do edital Prêmio Feliciano Lana da Secretaria de Estado da Cultura de 2020, e conta a história de Sarah, uma menina que vive na periferia de Manaus e que descobre sua origem indígena, quando encontra pela primeira vez a avó que vive na floresta.
Segundo a diretora Ana Lígia Pimentel, foram um ano e três meses de filmagens, em meio à pandemia e mais seis meses de pós-produção, que contou com a parceria da TV Encontro das Águas.
Com o filme pronto, a intenção é rodar o circuito de festivais nacionais e internacionais para colher a reação das curadorias e do público. “Pela temática amazônica e todas as questões de Brasil profundo que a história traz para o debate, acredito que vá ter uma boa aceitação no exterior. Vamos inscrevê-lo no Festival do Rio, que é um festival internacional de cinema que ocorre no Rio de Janeiro e no de Gramado também, no de Sundance no Canadá e no São Paulo Film Festival”, contou a diretora.
O filme é a adaptação da História em Quadrinhos Sete Cores da Amazônia de Ademar Vieira e Tieê Santos, lançada em 2018, pelo estúdio independente Black Eye. De acordo com Ademar Vieira, a obra é uma síntese sobre Manaus e a questão da herança indígena dos Manauaras. “A Sarah é uma menina pobre que mora nas palafitas da periferia de Manaus e que desconhece que faz parte de uma cultura milenar e riquíssima, dos povos nativos. Quando eu escrevi a HQ, eu estava querendo falar sobre todos nós manauaras que apesar de termos o sangue indígena, desconhecemos a nossa herança cultural mais profunda”, disse o autor.