Após quase três anos longe dos palcos, o compositor Zeca Torres – também conhecido como Torrinho – volta a se apresentar presencialmente e de forma gratuita, para um público bastante heterogêneo.
Durante o período da pandemia, o artista realizou várias “lives”, desde memoriais contando suas histórias, passando por apresentações memoráveis como “Encontros e Cantos da Amazônia” projeto de Ana Priscilla Santos, no qual reuniu nomes consagrados da música do Norte, como Vital Lima (PA), Patricia Bastos (AP) e Márcia Siqueira, até clipes exclusivos como a canção-lamento “Sem Oxigênio” (parceria com Eliakin Rufino), no qual conta também com a participação de Márcia, “O que não se pode medir”, parceria e participação do paraense Vital Lima, e a nova e descolada versão do clássico “Porto de Lenha” (Zeca e Aldisio Filgueiras), com o grupo vocal carioca Subversos. Todos esses trabalhos estão disponíveis no Youtube, no canal “Porto de Lenha” do artista.
Desta vez, para matar a saudade do calor popular, Zeca topou enfrentar o calor do rigoroso verão manauara. Ainda no Rio de Janeiro, onde esteve por uma temporada para ver amigos e familiares, o artista aceitou o convite da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (SEC), para apresentar seu show em plena manhã deste sábado, 20/08, no coreto da Praça Heliodoro Balbi, conhecida popularmente como Praça da Polícia, no centro da cidade.
“Fiquei feliz em ser escolhido para essa apresentação, pois a Praça da Polícia é parte importante da minha história como cidadão e como artista. Foi ali em frente, no Colégio Estadual, que cursei todo o ensino médio, na época dividido em Ginasial e Científico, que fui apresentado ao prazer da leitura, das artes e da comunicação. Foi lá que, ainda bem jovem, comecei a compor minhas primeiras canções, no início dos anos 70, em parcerias com os saudosos Albany Mota e Afonso Toscano, meus colegas de turma. Foi onde conheci pessoas incríveis como Nestor Nascimento, Aldisio Filgueiras, Flávio Cohen, Fátima Andrade, Herbert Braga, Márcio Souza, Barrote, Gerson Albano, enfim toda aquela gente talentosa do TESC (Teatro Experimental do SESC)”, relata o artista.
Prometendo um show bem descontraído e intimista, como pede a própria natureza daquele logradouro, Zeca traz no repertório suas próprias composições – algumas bem conhecidas, como Dia de Festa (Borimbora), Papagaio de Famão, Bailando na Escuridão e o clássico Porto de Lenha – canções da MPB de compositores como Chico Buarque, Milton Nascimento, Luiz Gonzaga, João do Valle, Claudio Nucci, Zé Renato e outros.
O show está previsto para começar às 10 horas deste sábado e contará com a participação do percussionista João Paulo. Nas redes sociais o artista está divulgando e convidando a todos que admiram o seu trabalho para comparecer e prestigiar esta que é sua primeira apresentação presencial pós-pandemia.