quarta-feira, julho 16, 2025

Cheia no Amazonas já afeta 144 mil pessoas e Governo intensifica ajuda humanitária

O Governo do Amazonas divulgou, nesse último domingo (5/05), um novo boletim com atualizações sobre a cheia que atinge o estado, por meio do Comitê Permanente de Enfrentamento a Eventos Climáticos e Ambientais. Segundo o informativo, mais de 36 mil famílias – cerca de 144 mil pessoas – já foram diretamente impactadas pela subida dos rios nas nove calhas que cruzam o território amazonense.

Atualmente, 13 dos 62 municípios do estado estão em Situação de Emergência, 31 em Alerta e outros 18 em Atenção, conforme decretos municipais. A previsão é de que os picos das cheias ocorram entre março e julho, com variações conforme a região.

Desde o início da Operação Cheia 2025, no último dia 16 de abril, o governo estadual tem intensificado as ações de socorro às populações atingidas. Foram distribuídas 200 toneladas de cestas básicas, 600 caixas d’água de 500 litros, mais de 46 mil copos de água potável e seis kits purificadores do programa Água Boa, destinados a comunidades sem acesso regular ao abastecimento de água.

Neste fim de semana, os moradores da zona urbana de Humaitá começaram a receber os primeiros lotes de ajuda humanitária, após atendimento prioritário às áreas rurais. Na calha do Purus, o município de Boca do Acre recebeu 40 toneladas de alimentos e 6 mil copos de água potável na quinta-feira (1º/05), beneficiando cerca de 2 mil famílias. A cidade foi a quarta a ser atendida pela operação, que já passou por Manicoré, Apuí e Humaitá.

Além de alimentos e água, o Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), também reforçou o apoio aos municípios afetados com o envio de 72 kits de medicamentos e insumos hospitalares. Os materiais beneficiam diretamente mais de 35 mil cidadãos em sete municípios: Apuí, Boca do Acre, Manicoré, Humaitá, Ipixuna, Guajará e Novo Aripuanã.

Como parte do suporte à saúde, a SES-AM entregou, em abril, uma nova usina de oxigênio para o hospital de Manicoré, com capacidade de produção de 30 m³/h, mais que o dobro da estrutura anterior. Em Apuí, foram enviados cilindros de oxigênio como medida de backup e reforço ao atendimento local.

A operação de resposta à cheia foi lançada no Porto de São Raimundo, em Manaus, e conta com o trabalho contínuo da Defesa Civil do Estado, que monitora em tempo real o nível dos rios por meio do Centro de Monitoramento e Alerta. A expectativa é que novas frentes de atendimento emergencial sejam abertas nas próximas semanas, à medida que a situação evolui em diferentes regiões do Amazonas.

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